Loucuras da Anna

Sempre sofri por dilemas mal-resolvidos e amores não correspondidos. Sempre fui a pessoa que mais era apaixonada, e quebrava a cara. Com o tempo, a gente vai simplesmente aceitando que não nasceu pra essa parada de amor. Aceitando, não. Se acostumando com a ideia. Mas apesar disso, desse lance da "desencanada", vez ou outra nos esbarramos num garoto que faz nosso coração disparar, né? Vêm aquela vontade louca de se arrumar só por saber que ele estaria lá. Aliás, vem a vontade louca de sair, só pela possibilidade - mesmo remota - de ele estar lá.
A vontade de curtir tudo o que ele posta do Facebook, e as stalkeadas infrutíferas que resultam em dor. A dancinha da vitória micosa quando ele curte nossas fotos. Você está a cada vez mais no fundo do poço. E sim, cada vez mais certa de que é ele. Coisa perigosa, não? Perigosa só não, aliás. Frustrante. Porque, no fundo, garotos de 14, 15, 16 anos não vão ser ele (Pelo Amor, não estou mandando você procurar um cara de 30. Só leia, e observe). Garotos nessa faixa etária, de terem as "primeiras" namoradas assumidas, não são o Augustus, de A Culpa é Das Estrelas, nem o Peeta Mellark de Jogos Vorazes, nem um Travis Madox, como em Belo Desastre. Garotos nessa idade são isso: só garotos. Mas, como sou eu a egocêntrica aqui, voltemos ao meu caso, né?
Desde o início, eu, lá no fundo estava cheia de "talvezes". Talvez eu te amasse ou não. Talvez isso fosse certo ou não. Talvez você também sentisse algo, ou não. Talvez você fosse só mais um ou não.

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